Palácio Museu Olímpio Campos -
  

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100 ANOS DO TENENTISMO EM SERGIPE
O QUE FOI O MOVIMENTO TENENTISTA
Foi um movimento que aconteceu dentro do quartel do 28º Batalhão de Caçadores, liderados pelos TENENTES, com o objetivo de defender o direito do povo brasileiro e a honra do Exército. Outra finalidade era mostrar solidariedade aos oficiais paulistas que se rebelaram em 05 de julho; outro proposito também era evitar que o 28º batalhão de Caçadores enviassem tropas para combate os revoltosos em São Paulo e ainda tentar atrair os pelões do Norte para as questões políticas do momento. Os revoltosos lutavam contra os desmandos do Governo do Presidente Artur da Silva Bernardes, e o movimento pedia a sua deposição, acreditando que estavam defendendo a soberania da Nação.
QUANDO ACONTECEU O LEVANTE
O levante se inicia no dia 13 de julho de 1924 e termina no dia 02 de agosto de 1924.
QUEM PROTAGONIZOU O MOVIMENTO
O Capitão Eurípedes Esteves de Lima natural de Itabaianinha;
1º Tenente Augusto Maynard Gomes natural de Rosário do Catete;
1º Tenente João Soarino de Mello natural de São Cristóvão;
2º Tenente Manoel Messias de Mendonça natural de Capela.
QUEM COMANDAVA O 28º BATALHÃO DE CAÇADORES
Major Jacinto Dias Ribeiro - foi detido pelos revoltosos, ficando preso no quartel junto com outras autoridades.
QUEM GOVERNAVA O ESTADO
O Presidente do estado era Maurício Gracho Cardoso que nasceu em Estância no dia 09 de agosto de 1874. O inicio de sua vida política foi no Ceará seguindo para o Rio de Janeiro. Em 1922 retorna a política sergipana como Presidente de Estado. Em 13 de Julho de 1924 enfrenta a revolução TENENTISTA. É convidado a aderir o movimento, mas, não aceita, então o Tenente Soarino dá voz de prisão para Gracho, que também não aceita e em 14 de julho o Tenente Maynard conduz o Presidente para o quartel, onde ficou detido junto com outras autoridades. Gracho Cardoso administrou o estado de 24 de outubro de 1922 a 24 de outubro de 1926.
OBJETIVOS DO MOVIMENTO
Moralização do sistema republicano;
A indisposição do Exército com o Presidente Artur da Silva Bernardes;
Defender os direitos dos Brasileiros e a honra do Exército;
Impedir a ida do 28º Batalhão de Caçadores para combater em São Paulo;
Atrair para Sergipe parte das tropas do Norte que se destinassem a ir para São Paulo.
COMO ACONTECEU O LEVANTE
Na madrugada de 13 de julho, os líderes acordam os soldados e os colocam em prontidão;
Dividem os praças em três pelotões:
Um pelotão ficou no quartel sob o comando do Cap. Eurípedes Esteves de Lima que ficou no portão da frente do quartel - o 2º Tenente Manoel Messias de Mendonça ficou na retaguarda;
O 1º Tenente João Soarino comandou o ataque aos Policiais que guardavam o Palácio do Governo, onde o soldado JOSÉ MATHIAS DE CASTRO, foi ferido de morte e o cabo Marcílio Cordeiro Santa Bárbara e o soldado Manoel Ignácio Telles ficaram feridos, mas, se recuperaram
O 1º Tenente Augusto Maynard partiu para o ataque ao Quartel do Batalhão de Polícia que ficava na Rua da Frente (onde hoje é o Museu da Gente Sergipana). Nesse ataque foi ferido de morte o soldado JOSÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA.
Preocupados com possíveis ataques os militares traçaram um plano de defesa para Aracaju:
a barra foi minada;
o farol foi apagado;
os prédios públicos foram ocupado;
intensificaram o policiamento nas ruas;
construíram trincheiras na entrada do porto a partir do carvão (onde hoje é o Iate Clube) até o Tramandaí (hoje conhecido como quatro bocas).
Os militares se dirigem ao povo pelos Jornais de época e garantiam que a permanência deles no poder seria até o "verdadeiro escolhido pelo povo"
O Movimento se estendeu até alguns interiores do Estado como: São Cristóvão - Rosário do Catete - Itaporanga - Carmopólis - Campo do Brito - Riachuelo.
DURAÇÃO E FIM DA REVOLTA
A revolta durou 19 dias.
O Governo Federal colocou a disposição várias tropas e o Contratorpedeiro "Alagoas". Foi montada uma estratégia de ocupação do território, iniciando os ataques pelos
Municípios até chegar a Aracaju. As tropas chegaram a Sergipe no dia 23 e montaram seu quartel em Municípios até chegar a Aracaju. As tropas chegaram a Sergipe no dia 23 e montaram seu quartel em Estância.
O contratorpedeiro "Alagoas" foi utilizado para provocar tumulto na capital sergipana o que de fato aconteceu.
O General Marçal Nonato comandante das tropas legalistas pretendia vencer sem lutar. Com essa intenção mandou uma intimação a Maynard colocando ele a par da estrutura das tropas legalistas e comunicando o fim do levante de São Paulo. Esse comunicado tinha o objetivo de fazer com que os rebeldes desistissem da luta.
Maynard não respondeu ao documento.
No dia 02 de agosto de 1924 houve troca de trios entre a polícia e as tropas legalistas por cerca de 30 minutos, sem mortes e sem feridos. Nesse dia 25 rebeldes se renderam, rapidamente a notícia se espalhou e o General Marçal Nonato adentrou em Aracaju e restabeleceu a ordem.
Segundo o cientista político Ibarê Dantas "a revolta de 1924, após 21 dias foi debelada por forças legais de outros Estados com a cooperação do Coronelismo local".

Trabalho elaborado pela Coordenação de Pesquisa e Educação do PMOC e da Coordenação de Acervo Museológico.


Pesquisa realizada tendo como base o trabalho do Prof. Dr º Ibarê Dantas ( O Tenentismo em Sergipe)
Profa. Draº Andreza Maynard (A caserna em Polvorosa: A revolta de 1924 em Sergipe)







 

Palácio-Museu


A definição de casa-museu ou palácio-museu prevê a proteção da propriedade natural ou cultural, móvel ou imóvel, em seu local original, ou seja, preservada no local em que tal propriedade foi criada ou descoberta. Para que isso aconteça é necessário promover a restauração do patrimônio e utilizá-lo com fins didático-pedagógicos e culturais. Além disso, o Palácio-Museu Olímpio Campos promove eventos abertos ao público, a exemplo de exposições fotográficas, mostras de artistas, lançamentos de livros, entre outros. O novo projeto disponibiliza também serviços de guia para visitação, curadoria, pesquisa, documentação histórica, cafeteria e livraria etc.


         

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